O ex-conselheiro tutelar Herik Pazetto da Silva Freitas foi preso às 22h30 desta quinta-feira (5) em Altônia sob a acusação de abusar sexualmente de duas enteadas. As adolescentes, de15 e 17 anos, estariam sendo vítimas dele há vários anos. A mãe das meninas também foi detida. Franciele da Silva Sanches saberia do crime e não o denunciou à polícia.
Freitas trabalha como motorista da Secretaria Municipal de Saúde, mas já foi conselheiro tutelar da cidade. Ele é sobrinho do atual vice-prefeito de Altônia. No site da Prefeitura, Freitas consta como membro da Controladoria Interna.
A investigação sobre o abuso sexual teve início após denúncia que partiu de dentro de uma escola à Polícia Civil, de que o homem estaria abusando das enteadas. O caso começou a se desenrolar quando o patrão da menina de 17 anos percebeu que ela vinha tendo um comportamento estranho no trabalho.
Recentemente a adolescente faltou por dois dias consecutivos na empresa e, numa segunda-feira, apareceu apenas para se demitir, alegando que tomara a atitude porque estaria passando por uma situação muito difícil em casa.
Desconfiados, o empresário e a esposa chamaram a jovem para conversar. Ela acabou confidenciando que era abusada pelo padrasto desde os 8 anos e que sua irmã de 15 anos passava pela mesma situação.
O patrão procurou a escola onde uma das adolescentes estuda e junto com um psicólogo do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) foi protocolada a denúncia na delegacia.
O empresário, que pediu para não ter seu nome divulgado, disse a OBemdito que a esposa do acusado já sabia dos abusos por ele cometidos e era conivente com o crime. Herik é casado e tem duas filhas, de 3 e 5 anos com a mulher, mãe das jovens abusadas.
Esse caso é acompanha a situação desde quarta-feira (4), quando os rumores ganharam contornos de realidade na cidade. A informação não foi divulgada antes porque não havia um posicionamento oficial da autoridade policial no município.
O delegado Reginaldo Caetano preferiu esperar a ordem de prisão expedida pela Justiça de Altônia para então se manifestar. O mandado foi cumprido na noite desta quinta e o casal demonstrou que já esperava que iria para a cadeia. Marido e mulher chegaram à delegacia com travesseiros e cobertores, cobrindo os rostos.
As duas irmãs estiveram na manhã desta quinta no IML (Instituto Médico Legal) de Umuarama para exames que poderão confirmar a violência sexual.
Esse tipo de discrição dos policiais é facilmente compreendida para preservar as possíveis vítimas de crime e também para não antecipar qualquer tipo de pré-julgamento, que pode ensejar em atitudes de fúria e violência por parte de pessoas que acompanham a situação.
(Obemdito)
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